O que você precisa saber sobre a Diabetes?

O Dia Mundial de Combate à Diabetes, celebrado nesta segunda-feira (14/11), reforça a importância de hábitos saudáveis para evitar a doença, que acomete mais de 12 milhões de brasileiros. Especialistas destacam que a adoção de uma vida saudável e a prática regular de atividades físicas são as principais medidas para prevenir e controlar a doença.

Mundialmente, a Diabetes se tornou um sério problema de saúde pública, em que o não tratamento da doença pode levar a diversas complicações, algumas irreversíveis. Antes de conhecer as formas adequadas de controlar a doença, é preciso compreender o que é essa mazela. Continue a leitura deste artigo e descubra!

O que é a Diabetes?

A Diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo alto nível de glicose (açúcar) na circulação sanguínea. Ela é causada a partir da ausência, quantidade insuficiente ou resistência à ação da insulina no organismo.

A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por transportar a glicose para o interior da célula, a fim de produzir energia para o corpo. Quando há ausência parcial ou total desse hormônio, a queima de açúcar e sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura) é prejudicada.

A Diabetes pode ser classificada em alguns tipos. Conheça os mais comuns e principais sintomas.

O que é a Diabetes Tipo 1?

Causada pela destruição autoimune das células produtoras de insulina, a Diabetes Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, podendo ser diagnosticada em adultos. Os portadores da Diabetes Tipo 1, também conhecida como insulinodependente, necessitam de aplicação de injeções diárias de insulina para manter os níveis de glicose no sangue controlados.

Quais são os principais sintomas?

  • Vontade de urinar diversas vezes;
  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Nervosismo;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea;
  • Vômito.

O que é a Diabetes Tipo 2?

Comum em cerca de 90% das pessoas com Diabetes, ela se manifesta quando há resistência da insulina no organismo, afetando principalmente adultos com excesso de peso, hábitos alimentares não saudáveis e comportamento sedentário. Em alguns casos, pode ser tratada com dieta e exercícios físicos, mas em fases mais avançadas é necessária a associação de insulina — ou até mesmo insulinoterapia intensiva.

Quais são os principais sintomas?

  • Infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
  • Alteração visual (visão embaçada);
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Formigamento nos pés e mãos.

O que é a Diabetes Gestacional?

A Diabetes Gestacional é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.

Quais são os principais sintomas?

  • Ganho excessivo de peso na grávida ou no bebê;
  • Aumento exagerado do apetite;
  • Cansaço extremo;
  • Muita sede;
  • Visão turva.

Você sabia?

O corpo pode alertar para uma possível Diabetes antes que o diagnóstico seja definitivo. A Pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas não o suficiente para ser caracterizado como Diabetes tipo 2. A Pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida, ou que permite retardar a evolução para a Diabetes e suas complicações.

Como fazer o diagnóstico da doença?

O diagnóstico da Diabetes deve ser estabelecido pela identificação de hiperglicemia. Para isto, podem ser usados a glicemia plasmática de jejum, o teste de tolerância oral à glicose (TOTG) e a hemoglobina glicada (A1c). Em algumas situações, é recomendado o rastreamento em pacientes assintomáticos.

O teste da glicemia de jejum é um dos exames mais utilizados — e que geralmente é incluído nos exames de rotina. Com apenas uma gota de sangue e três minutos de espera é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Veja abaixo os valores de referência:

  • Normal: inferior a 99 mg/dL;
  • Pré-diabetes: entre 100 a 125 mg/dL;
  • Diabetes: acima de 126 mg/dL.

Quais são os fatores de risco?

Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da Diabetes.

  • Pressão alta;
  • Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
  • Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
  • Pais, irmãos ou parentes em primeiro grau com Diabetes;
  • Doenças renais crônicas;
  • Histórico de doenças cardiovasculares;
  • Tabagismo;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Uso de medicamentos da classe dos glicocorticóides.

Para prevenir a doença, e até mesmo manter uma vida saudável após o diagnóstico, é necessário modificar hábitos de vida. A prática regular de atividade física contribui para a manutenção do peso, aumentando o gasto calórico e diminuindo o índice glicêmico (relacionado ao nível de açúcar no sangue). Além disso, boas escolhas alimentares também estão diretamente relacionadas à prevenção da Diabetes e melhoria da qualidade de vida.

Em caso de sintomas procure o seu médico. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento!

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Fontes: Sociedade Brasileira de Diabetes | Associação Nacional de Atenção ao Diabetes | Ministério da Saúde